Eu gosto
da França e dos franceses. O seu chauvinismo é mais suportável que o dos
ingleses porque não se julgam superiores, somente diferentes.
De
francês tenho a costela de uma vaga trisavó, mas de inglês tenho a de uma avó
de quem, curiosamente, herdei a costela vagamente francesa. Não ligo nenhuma ao
futebol. Não herdei esse gosto nem pelo lado inglês nem pelo português. Mas
amanhã estarei com o Cristiano Ronaldo, um português, um madeirense, um
descendente de antigos trabalhadores vindos de África para as plantações de
cana de açúcar do Infante. Estarei ao lado do Quaresma cuja tribo veio do
Egipto ou da Índia, que importa? Estarei a gritar pelo Renato Sanches, trineto
da rainha Ginga, pelo Cédric que é português nascido na Alemanha e podia ser da
selecção alemã. Estarei também com Rui Patrício, um aqui da zona ocidental do
país. Estarei com todos, do Minho a Timor que por lá também sofrem como nós.
Ganhe
quem ganhar, haverá um português a erguer a taça. Poderá ser Ronaldo, mas também poderá ser Antoine Griezmann, que é
filho de uma portuguesa e bisneto de alemães, e é francês. O seu avô jogou
futebol no Paços de Ferreira. Antoine podia jogar na nossa selecção. Escolheu a
da terra natal, e fez ele muito bem porque o azul da camisola combina muito bem
com o azul cinzento dos seus olhos vagamente germânicos.
Vitor
Hugo, não o guarda redes, mas o escritor francês, sonhou para o século XX os
Estados Unidos da Europa para que a seguir se formassem os Estados Unidos do Mundo.
Andamos aos tropeços, mas havemos de o conseguir. Afinal é o que já vemos nas
selecções nacionais: Os Estados Unidos do Futebol.
Cum caneco!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarO que eu aprendo aqui.
Qual wikipedia. qual quê?
Aprender é nas Cartas das Caldas.
Já agora, que nos tragam amanhã o caneco.
Manuela, a wikipedia é uma boa aliada das minhas croniquetas. Venha de lá o caneco que a gente faz uma festa que ninguém trabalha 2ª feira.
EliminarTambém não ligo nenhuma ao futebol, mas amanhã aqui estarei a torcer por todos os que são portugueses e se sentem portugueses, independentemente do local geográfico de origem. Verdade se diga que os franceses também têm uma abordagem holística semelhante à nossa, da qual o Griezmann é apenas um dos muitos exemplos.
ResponderEliminarTer chegado à final é já um enorme feito, mas o que era mesmo bom era trazerem de lá o caneco! Nomeadamente por ser em França e contra a França! Esperemos que o fado não se repita e que, desta vez, a coisa se concretize!
Mias uma fez, o seu texto é inspirador, obrigado.
Obrigado Fanático_Um. Não nos esqueçamos, contudo, que foi um alemão que pôs Vasco da Gama a cantar em francês. Mas venha de lá o caneco!
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