O Sr.
Obama, para quem não sabe é aquele senhor simpático que nove meses depois de
assumir a presidência dos EUA ganhou o prémio Nobel da Paz, por causa da
harmonia dos povos, coisa e tal, foi de visita ao Japão para a conferência do
G7, que é uma festa onde só entram pessoas “bem”. Ciente do peso das
responsabilidades pacifistas que lhe puseram sobre os ombros, visita Hiroshima
para, de acordo com a nota da Casa Branca, "…reflectir sobre o
extraordinário custo humano da guerra e a perda de vidas inocentes na II Guerra
Mundial – a perda de vidas inocentes em Hiroxima e Nagasáqui, mas também em
muitos países do mundo" (sublinhado meu). Assim como quem diz: all right’s (que é prontos em inglês)
pá, desculpem lá essa coisa das bombas mas os outros também fizeram coisas más,
não fomos só nós!
De
caminho, porque é uma pessoa poupada e pacifista, repito, aterra no Vietname para,
à maneira dos índios do seu país, fumar o cachimbo da paz com o mandante lá do
sítio, e rasgar à frente do dito a declaração que proíbe os EUA de venderem
armas ao Vietname, o que fará os americanos enriquecerem, coitados, e os
vietnamitas endividarem-se, sortudos, enquanto a Paz se passeia pela Ásia (como
toda a gente sabe as armas estão para a Paz, como os arados para a
agricultura). A coisa é tão engraçada que houve um cartoonista que pôs no South China Morning Post (o Correio da
Manhã daquelas bandas mas em inglês, em grande e em melhor), um urso panda
chinês a perguntar se vão ensinar os vietnamitas a surfar, (talvez não saibam
mas o Sr. Obama é do Hawaii, a pátria do Surf), tendo em conta as disputas no
mar da China com o arquipélago de Spratly, uma vez que os americanos com o fim
do embargo, em vez de armas irão vender pranchas de surf como toda a gente
sabe, que o seu presidente é um pacifista.
Para
quem também não sabe (tenho de explicar tudo, tá visto!) o arquipélago de
Spratly é riquíssimo e valiosíssimo estrategicamente, e por isso reclamado por
Filipinos, Chineses, Vietnamitas, Japoneses,…, porque não pertence a ninguém.
Isto é, julgam eles porque não lêem os tratados. Toda a gente sabe (os que lêem)
que pelo tratado de Tordesilhas, abençoado pelo Papa Júlio II, aquilo nos
pertence. É altura do presidente Marcelo arranjar um tempo antes do 10 de junho
e das marchas de santo António na avenida, para dar um pulo a Roma e avisar o
Papa Francisco, e depois ir até Macau (o Marcelo não foi convidado para a tal
festa do G7) para, em bicos de pés, gritar bem alto que temos um
primeiro-ministro com origens asiáticas e que as Spratly são de Portugal, e
recomendar ao Sr. Obama que ponha o ukulele
(cavaquinho em havaiano) no saco. Talvez o oiçam!
Um texto de verdades escrito com humor como eu gosto.
ResponderEliminarAh!!!!!
Ainda bem que explicou tudo.
Temos de brincar com as coisas sérias. O humor serve para afastar o medo. Vivemos momentos muito sérios que assustam. Brinquemos então, já que nada podemos fazer.
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