sexta-feira, 1 de maio de 2015

NO BANGLADESH NÃO HÁ MAIOS FLORIDOS


Os trabalhadores do Bangladesh viram o seu salário aumentado para uns estonteantes 0.25 €/hora, não chegando a atingir os 50 euros mensais. Vivem agora na incerteza de serem dispensados pois receiam que as multinacionais procurem mercados ainda mais baratos.
A empresa, dona das mais conhecidas marcas de roupa, fechou o ano de 2014 com 2.5 mil milhões de euros de lucro. Mais 5% do que o ano anterior. Os lucros vão ser distribuídos pelos accionistas e trabalhadores da empresa onde julgo não constarem os trabalhadores do Bangladesh que fabricam a roupa daquelas marcas.

No dia do trabalhador é caso para perguntar porque razão os países não lançam sanções sobre as empresas que ganham lucros recrutando trabalho pago a valores indignos de gente que se clama dos valores morais ocidentais. O facto de esta gente conseguir dormir e viver em paz causa-me a maior das perplexidades. Cada um ajuíze como entender. Depois… bem, depois vamos para a rua comemorar o dia do trabalhador!



Imagem: Fiumana de Pellizza de Volpedo
Pinacoteca de Brera de Milão






3 comentários:

  1. Eu tb fico perplexa como é que a nossa União obriga as nossas empresas a serem quase um luxo, incluindo oficinas (apesar de haver extremos, concordo em geral) e, depois, permitem que se façam compras a países que tratam os trabalhadores pior que ratos...

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  2. Respostas
    1. Há duas versões deste quadro, Rita. Esta está na pinacoteca de Brera em Milão que tem um óptimo acervo. Esqueçam a catedral e visitem este belíssimo museu instalado na escola de artes da cidade.

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