Uma televisão que vive à custa do
erário público é autorizada a pagar ao seu presidente, por mês, o que a média
dos portugueses ganha por ano, enquanto os partidos do governo em conluio com o
maior partido da oposição tentam controlar a forma como a comunicação social
fará a cobertura da campanha eleitoral. 41 anos passados e a revolução de Abril
ainda não conseguiu eliminar a vontade controleira de quem está no poder ou a
ele quer ascender.
Faz sensação, no parque D. Carlos I em
Caldas da Rainha, um papagaio que se presume ter fugido e que vive agora na
companhia das pombas do parque. Há 41 anos prometeram-nos que seríamos como as
gaivotas, voando livres no azul do céu sobre um mar de oportunidades. Hoje
estamos como o papagaio do parque das Caldas, que se libertou do confinamento
de um apartamento para ir viver entre as pombas do jardim. É um dos melhores e
mais bonitos parques urbanos do país, mas o azul do céu só se vislumbra por
entre as árvores, e o do mar está para lá dos limites do parque. Cabe-nos
escolher se ainda queremos ser gaivotas arriscando tempestades, ou continuar
papagaios no cartaz de um país turístico.
Com muita pena minha, desconfio que cada dia aparecem mais papagaios.
ResponderEliminarDe facto é só papagaios, Manuela.
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