Ver
um governo de trabalhadores disposto à justa distribuição da riqueza
implantar-se em países com a dimensão do império russo ou do império chinês,
foi um sonho imenso. Pela primeira vez era possível. Mas o sonho depressa se
tornou num pesadelo. Em todos os países em que o socialismo com vista ao
comunismo se implantou, os governos, todos sem excepção, se tornaram tirânicos, déspotas,
cruéis e assassinos. O trabalhador: um mero número de estatística. Uma esperança
esfrangalhada pelos próprios dedos dos que prometeram o paraíso. Ficámos órfãos
dessa esperança.
Um só estudante
enfrentando carros de combate na luminosa praça da Paz Celestial! Que o seu
rosto não tenha ainda substituído os ícones de Mao e de Che, escandalosamente exibidos em
posters e t-shirts, é uma afronta que só aumenta o
sentimento de orfandade.
Tiananmen foi há 25
anos.
“Lá,
sobre as montanhas do Oriente a cegonha cantou mas Abril não floriu e a neve não
derreteu…” da ópera Turandot de Puccini
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