O meu desejo para o Novo Ano é que
apareçam Homens e Mulheres grandes que expulsem os pigmeus amedrontados que,
sob a capa de feitos revolucionários e patrioteiros, temem a grandeza da Europa
de Carlos Magno e Júlio César. Para que a Europa possa ser, caso contrário
transformar-se-á, não num aglomerado de naçõezinhas mas naquilo que já é
geograficamente: a extensão da Ásia. Que expulsem os pigmeus que, como recentemente
em Espanha, por exemplo, confundem, como bem lembrava Unamuno, patriotismo com
nacionalismo, esse mal de gente assustada com o tamanho do Universo, e cospem
na língua de Cervantes que ilumina o Novo Mundo do outro lado do Atlântico. Ou
os pigmeus que à sombra de Joana d’Arc “revolvem” o túmulo de Vítor Hugo (a
gigante Joana d’Arc sempre teve a sina de acompanhar com pigmeus desde os
tempos do seu camarada de armas, o infame Gilles de Rais). Que expulsem aqueles
pigmeus que não são dignos de serem pisados, sequer, pelos cascos do cavalo
Buraq que transportava o Profeta (será talvez por isso que o cavalo voava), e
que impedem que um dia a fronteira da Europa possa passar do Mediterrâneo para
o Saara, para que nas suas praias só se vejam crianças construindo castelos de
areia.
Os meus desejos são difíceis de
concretizar: neste mês de Janeiro temos concurso de pigmeus…!
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