sábado, 16 de janeiro de 2016

PARA QUE QUEREMOS UM/A PRESIDENTE?


Maria de Belém (ladies first), que tem um curso de estudos militares, quer castigar os velhinhos dos lares impondo-lhes visitas presidenciais. Eu e ela temos uma coisa em comum: gostamos de travesseiros. Marisa Matias, que não gosta de militares, não podendo acabar com a testosterona quer retirar o dinheiro para as armas julgando assim impedir a guerra. Acaba tudo à pedrada ao primeiro piropo! Marcelo, incapaz de argumentar, a meio da campanha faz publicidade a um canal de televisão privado e diz que não é de intrigas. Depois de atormentar a bela Inês posta em sossego, bebe uma mini na taverna do Capador(tome cuidado Marcelo. O nome não é de bom augúrio!). Henrique Neto tem razão e visão, mas não tem emoção, ao contrário de Afonso de Albuquerque que vira as costas ao palácio de Belém. Edgar Silva, que desistiu de ser pescador de homens para se tornar caçador de votos, quer manter a incongruência em república do estatuto de primeira-dama. Não conseguindo distinguir que em república só há lugar para eleitos, é natural que não consiga perceber se a monarquia absolutista da Coreia do Norte é uma democracia ou uma ditadura. Paulo Morais não põe o pescoço (que não tem) no cepo por ninguém, mas não consegue acusar alguém, ele que toda a vida pertenceu ao sistema. Vitorino Silva é Tino de Rans: há quem ache graça à impossibilidade de perceber as próprias limitações. Apoiá-lo nesse desiderato é insultar a República e o candidato. Cidadãos ou clientes é a confusão semântica de Jorge Sequeira, um orador motivacional a levar lições de motivação de Tino de Rans. Acha que “uma presidente para todos” é capaz de ser demasiado para uma mulher só. Há muito que não se via tamanha motivação para o disparate. Cândido Ferreira, que ninguém sabe quem é para além de saber que não faz discursos sem ler um papel, quer levar para o Paço, como na Idade Média, as associações de estudantes, os sindicatos, a associação dos inquilinos, as ordens profissionais, a associação nacional dos proprietários, a sociedade recreativa de Alguidares de Baixo… enquanto acaba com o número de deputados que deviam representar o Povo (é de novo o tempo das corporações). Por último, Sampaio da Nóvoa, descoberto por Cavaco e levado ao colo por variadas e antagónicas personalidades do país, não tem contradições porque os mudos e quedos nunca se contradizem. Com a evangélica frase de um Tempo Novo tem o condão de me recordar São Paulo e a carta aos Coríntios: “…bronze que ressoa, címbalo que retine…”.
Em nome da República acabem com o cargo de Presidente já: um absurdo na ética republicana. O governo que governe e nos represente e a Assembleia que fiscalize. Edgar Silva, cá está uma americanice que vale a pena copiar. Esqueça o gabinete que prometeu à sua senhora. É que já nem os miúdos compram álbuns de cromos! 

Sem comentários:

Enviar um comentário