domingo, 7 de fevereiro de 2016

ORÇAMENTO: PÃO OU BRIOCHES?


António Costa obteve, por enquanto, uma vitória sobre Bruxelas, e não tenho dúvidas que tem sido hábil em gerir o conflito entre Bruxelas e o acordo que firmou. Para tirar de cima das famílias a carga fiscal diminuiu os impostos directos aumentando os indirectos, calando a boca a Bruxelas e tapando os olhos à esquerda. Para responder a quem lhe descobria a careca, resolveu imitar Maria Antonieta que mandava aos esfomeados que substituíssem o pão por brioches, e recomendou ao Povo que andasse menos de carro, deixasse de fumar e não pedisse emprestado. Poupam na carteira enquanto melhoram a saúde, deixou ele implícito, e já não sentem o peso do imposto indirecto.  
Se o Povo seguir o seu conselho deixando de fumar e de andar de carro, diminuirá drasticamente a receita esperada pela cobrança dos impostos indirectos, e Costa não terá outro remédio senão aumentar os impostos directos e então a lógica será uma batata. Tal como aconteceu a Maria Antonieta, a esquerda pedirá então a sua cabeça.  
Impostos por impostos, continuemos a fumar e a andar de carro, que é como quem diz: se o brioche é ao preço do pão, fiquemos com o brioche.

2 comentários:

  1. Muda-se o serviço de loiça mas os fundos do anterior ficam marcados na antiga e gasta toalha que cobre a mesa. Só resta saber se o departamento de qualidade europeu quebrará alguma peça por mais forte que pareça ou se o serviço se desmoronará antes disso.

    Haja barro suficiente...

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    1. Oferecem loiça de Vista Alegre quando a das Caldas servia. Ainda acabamos a comer em baixela de lata.

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