Não, não
estou a falar da guerra entre a França e a Inglaterra e que envolveu toda a
Europa, Aljubarrota incluída, e que teve como protagonista Joana d’Arc. Estou a
falar da que vai fazer um século no próximo dia 28 de Julho. Uma guerra que
mudou radicalmente o mundo, como a guerra de Joana d’Arc mudou para sempre a
Europa.
Uma guerra
que dura há cem anos e que tinha inicialmente como objectivo curar a doença que
assolava a Europa, como tão bem descreve Thomas Mann em a Montanha Mágica. Se alguém
pensa que a destruição dos impérios que defendiam os povos dos egoísmos das
elites nacionalistas era o remédio necessário ao tratamento das doenças do
mundo, desengane-se. As trincheiras da guerra de 14/18, as atrocidades da
guerra de 39/45, o sionismo e as guerras da Palestina e a confusão balcânica
provaram que estavam errados. Agora, a invasão de Gaza, a confusão iraquiana, o
desastre da Síria, a bomba adormecida dos Balcãs e o abate de aviões civis só
provam que o remédio não foi eficaz e que cem anos é muito tempo para tratamentos!
A cínica
observação de Putin de que nada disto (o abate de um avião civil) teria
acontecido se houvesse paz na terra ou a pateta observação de um cientista bem
intencionado que, não lhe bastando a morte de uma criança que fosse para
condenar o abate, questionou com ar apalermado impróprio de um cientista, se a
cura da sida não podia vir naquele avião, provam não só que o tratamento não
resulta como tem levado à estupidificação de políticos e cientistas.
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