Filipe II de Espanha
foi o nosso Filipe I porque de facto e de jure nunca perdemos a independência.
Tínhamos o mesmo soberano mas os países não se fundiram. Não fosse a
circunstância de o poder real naquele tempo ser imenso quando comparado ao da
actual soberana inglesa e diria que a nossa situação era semelhante a um Canadá
ou a uma Austrália. Filipe II abandonou Sevilha e fundou capital em Madrid e em
Lisboa, que o recebia sempre com grande solenidade, pompa e festa.
Procissões, arcos do
triunfo engalanados, vestes de brocado, passeios no rio e touradas ali ao
terreiro do Paço, tudo para encantamento de Filipe que vinha de um pequeno
lugarejo, sem graça e sem gentes, onde fizera a sua principal residência: Madrid. Também é certo que
ninguém o mandou abandonar Sevilha, muito mais alegre e prazenteira, mas
fico-me por aqui que aquele nome andaluz não é bem visto pelas bandas da 2ª
circular.
Madrid vem de novo a
Lisboa e até traz o rei e, por supuesto,
a rainha. E de novo o Tejo se enfeita porque Lisboa, por um dia que seja, será
a capital das Espanhas, a capital da Ibéria. Sejam muito bem vindos e que ganhe
o mais português dos clubes madrilenos.
“El Puerto” do 1º livro da suite Ibéria de Isaac Albeniz
Muito provocador, mas está bem um bocado de História não faz mal a ninguém, então quando é para virem gastar dinheiro neste lugarejo, sejam benvindos
ResponderEliminarO lugarejo era Madrid que durante muito tempo, para além da corte, mais nenhuma actividade de realce tinha. Lisboa daqueles tempos, comparada com aquela Madrid, era uma animação, por isso Filipe II adorava as temporadas que passava em Lisboa.
Eliminar