segunda-feira, 13 de maio de 2019

GRETA THUNBERG E O HOMEM QUE FOI AO INFERNO


Greta Thunberg não percebe coisa nenhuma de ambiente ou de alterações climáticas. Isto é, percebe o que todos percebemos por ouvir e ler nos media falar-se do assunto. Então por que carga de água os parlamentos, incluindo o português, acharam por bem convidar uma adolescente que teve a ideia pateta de que umas greves às aulas fariam os governos serem mais proativos na defesa das políticas públicas para combate às alterações climáticas? Por que querem os parlamentos ouvir da boca de uma adolescente dizer que eles, deputados, são uns totós presumidos que não conseguem, ou não querem, que as políticas já previstas nos programas nacionais e internacionais de combate às alterações climáticas sejam postas em prática (os programas e planos políticos já existem e são óptimos).
É que não há nada que Greta Thunberg tenha para dizer que já todos não saibam: que nem os governos, nem nós, nem os estudantes que fazem a greve, temos vontade de baixar o nosso nível de crescimento, conforto e estilo de vida, para o combate às alterações climáticas. Que um dia teremos de o fazer não tenho dúvidas, mas nessa altura forçados pelas circunstâncias que a isso nos obrigarão, como o homem que chegou ao Inferno. Até lá assobiaremos para o ar.
Tudo se parece com aquela história bíblica em que um homem muito mau morre e vendo o que lhe reserva o Inferno, apiedado dos seus familiares e amigos (não era tão mau assim), pede a Deus que o deixe correr de novo à Terra para os avisar do perigo em que incorrem, se não se arrependerem, ao que Deus lhe responde: “mas eu já enviei tantos profetas a dizer o mesmo e eles não fizeram caso, porque julgas que te ouviriam?”
O protesto de Greta Thunberg é o grito de alerta. Para ser eficaz devia ela própria recusar-se em participar na fantochada do discurso em parlamento, porque os convites são para isso mesmo: tornar irrelevante o seu grito.
Ao contrário da Bíblia, onde só os maus vão para o Inferno, nesta coisa do clima vão os bons e os maus, incluindo a Greta, e é por isso que ela grita. Os políticos fingem que a ouvem, para ver se ela se cala, como fizeram aos profetas. A história já foi contada!

1 comentário:

  1. Tem toda a razão João Alves ,as modas políticas e o politicamente correcto chegam a roçar o ridículo, como é o caso.

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