quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

QUE FEVEREIRO SUBSTITUA JANEIRO

Hoje não quero escrever sobre blasfémias, brigas de famosos e muito menos da crise. Quero escrever sobre um miúdo que nasceu nos subúrbios da grande Lisboa e que traz no nome e no dia em que nasceu, o seu destino: Sambé!
Sambé é filho de uma portuguesa e de um guineense. No Centro Comunitário do bairro municipal do Alto da Loba, em Paço de Arcos, perdia-se pelo funaná e pelo kuduro.
Um dia a psicóloga do centro, Maria Rosa, reparou nele. A Câmara, essa instituição tão mal amada pela imprensa, deu-lhe ajuda e a história aconteceu. Vem escrita por aí. Procurem que eu não quero plagiar.
Em Fevereiro seria uma óptima altura para irmos a Londres. A Convent Garden, mas está esgotado. Marcelino Sambé, que tem música no nome e porque nasceu no dia da dança, vai prová-lo no famoso, difícil e virtuoso pas de trois do 1º acto do Lago dos Cisnes da temporada do Royal Ballet. Ali, na elegante sala da Royal Opera House em Covent Garden, mesmo no coração de Londres, com a bilheteira esgotada.

Isso deixa-me assustado. Não por falta de confiança no menino português e guineense, mas pelos Marcelinos Sambés que há por esses bairros da periferia com tão poucas Marias Rosas para os verem.



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