Num momento assim, em que a Guarda
Suíça passa o testemunho à Gendarmaria do Vaticano e as portas se cerram
determinando a sede vacante, o que se pode escrever num blog de pequenas
frivolidades? Não compreendemos a grandeza do gesto, o peso do símbolo, as
consequências do acto. É assunto de católicos, dirão alguns, mas não. Não é!
O assunto diz respeito ao mundo
católico mas também ao mundo ocidental. A Igreja tem dois mil e treze anos mas
Lepanto foi só há quatrocentos e quarenta e dois anos. A ignorância e a
desinformação (com mais estragos que a ignorância) é, em regra, perigosa.
Num momento assim apeteceu-me ouvir
Ruy Belo:
Somos seres olhados
Quando os nossos braços ensaiarem um gesto
fora do dia-a-dia ou não seguirem
a marca deixada pelas rodas dos carros
ao longo da vereda marginada de choupos
na manhã inocente ou na complexa tarde
repetiremos para nós próprios
que somos seres olhados
E onde quer que estejamos será sempre um terraço
a meia altura
com os ao longe por muito tempo estudados
perfis do monte mário ou de qualquer outro monte
o melhor sítio para saber qualquer coisa da vida
Ruy Belo in “Aquele Grande rio Eufrates”
Bento XVI ficará como o papa que "partiu a loiça"... masi não seja só na resignação.
ResponderEliminarAlguns líderes aqui da fábrica lusa deviam pôr os olhos nesse grande exemplo.
Toma!!!
Ups... mais não seja... (são as pressas).
ResponderEliminarNão se apresse caro anónimo. Quer então dizer na sua que a resignação foi assim a modos que o gesto do zé povinho. Não me parece que seja isso que marque o excelente pontificado de Bento, mas a ideia desse gesto tão caldense não deixa de ter piada.
EliminarNão acredito que tenha sido o tão famoso "manguito" mas que teve o seu quê de humor lá isso teve. Foi apenas mais um - bom, como dirão alguns - momento de tão curto pontificado.
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