quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O HOMEM QUE APALPAVA PRÍNCIPES


Um homem de 48 anos é convidado para um jantar de gala para dar algum lustre artístico ao evento, tipo bobo da corte, porque é actor de Hollywood. Sentam-no ao lado do marido da princesa, genro do rei e dono do palácio onde se dá a festa. O príncipe tem 35 anos, é pai de três filhas, e quase dono da casa para onde o bobo (artista de Hollywood) foi convidado. Este, malandro, convida o “príncipe consorte” para ir até ao terraço fumar um cigarro e, por baixo da mesa, apalpa-lhe as “jóias” de família. O “príncipe”, de casaca vestida onde resplandecem uma série de medalhas não se sabe bem porquê, é homem feito e em posição hierárquica e social superior ao do artista. Em vez de uma bofetada com luva branca e um desafio para um duelo para fazer jus às medalhas que lhe pendem do peito, espera 10 anos para revelar o abuso, sem revelar quanto tempo deixou que o bobo mantivesse a mão nas “jóias”, nem se o chegou a acompanhar até à varanda para um cigarro (one after??!!), revelando unicamente, que afinal o bobo é ele!
De forma estaliniana, apagaram o bobo dos filmes, (consta que se segue Tchaikovsky, irmãos Grimm, Perrault e um tal italiano, Giambattista Basile, soldado da república de Veneza, só porque todos deram voz a um príncipe que não se deixava apalpar mas aproveitava-se de meninas virgens adormecidas, para as beijar e depois fazê-las princesas). É o que acontece quando se confunde o homem com o artista, numa Hollywood convertida aos bons costumes. Kevin Spacey (é ele o bobo) tem um pecado: só saiu do armário depois de denunciado. O lobby não perdoa…
Eu, que fico sempre perturbado quando o José Rodrigues dos Santos me pisca o olho do lado de lá do écran, acho mas é que o Spacey é um granda maluco, e os principezinhos não gostam de malucos! (acham que vale a pena queixar-me do JRS?)

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