Uma agência
europeia procura uma nova cidade para sede que substitua Londres, tornada
incapaz devido ao brexit. Itália oferece Milão, uma cidade equidistante dos
grandes centros europeus e com dois aeroportos a servi-la. Espanha propõe
Barcelona, a cidade ibérica mais próxima do centro da Europa, servida por um
importante porto mediterrânico e um aeroporto com 44 milhões de passageiros por
ano, o dobro do de Lisboa.
Portugal
aventura-se e propõe o melhor que tem em comparação com o que oferece Milão e
Barcelona: Lisboa. Os senhores deputados da Nação votam unanimemente e com
aclamação a escolha, que acham, e bem, poder ser uma aposta vencedora.
Os mesmos
deputados, que aparentemente não conhecem as propostas em que votam,
acompanhados por Calisto Elói de Silos e
Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, vêm agora para a rua
rasgar as vestes porque o Porto, Braga, Coimbra, e até a Guarda podiam cumprir
o desiderato se o governo não fosse tão centralizador. Eu pergunto-me porque
ficam as Caldas da Rainha de fora? Tem o mais antigo hospital termal do mundo,
e isso deveria ser levado em consideração.
Se há
alguém com juízo na Europa, não ganharemos o lugar, mas o prémio de país de
melhores comediantes ninguém nos tira.
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