quarta-feira, 1 de agosto de 2012

GESTORES DE EXCEPÇÃO


Sete administradores da CGD foram excluídos das limitações remuneratórias aplicáveis ao sector público. Isto é: podem ganhar mais do que o 1º ministro.
Como não sou adepto da redução de salários só porque há mais quem queira fazer o serviço, porque entendo que o estado deve pagar o justo salário e não aproveitar-se da oferta para fazer reduzir os mesmos numa lógica de enriquecimento ilícito que ao estado está negado, não usarei esse argumento. Mas o estado pagará aquilo que pode, e julgo que aquilo que paga ao 1º ministro é justo e razoável que sirva de bitola para os altos quadros do estado.
Se estivéssemos em guerra, por exemplo, e tivéssemos ao serviço do nosso exército Patton ou Júlio César ou Aníbal (não esse… o de Cartago!) ou Alexandre… e o que estivesse ameaçasse passar-se para o inimigo senão mantivéssemos o ordenado, seria de boa política e justificava-se o aumento do ordenado acima do nosso 1º e ganharíamos a guerra se os cofres do estado pudessem suportar o que pedissem. É claro que convinha uns poucos soldados e armamento a condizer.
Não conheço nenhum dos gestores e julgo que não me conhecem a mim. Mas não foi aquela a desculpa arranjada para a excepção (talvez porque nenhum ficará nos anais da história da administração). Para a desculpa esfarrapada que arranjaram, permite-me afinal voltar com a palavra atrás e dizer: - há mais quem queira!

1 comentário:

  1. Não me importava nem um bocadinho que os referidos (e outros) administradores do estado e coisas quejandas ganhassem fortunas acima do primeiro ministro, se os resultados para as administradas o justificassem. E nem me importava que o PM ganhasse 10 vezes mais do que ganha, se isso fizesse que viesse para o lugar um tipo decente. Mas não vem, porque quem vai por dinheiro para esses lugares, nunca é decente. E é por isso que não queria o Julio, nem o Alexandre ou o Anibal (e o Patton não, esse nunca, por todas as razões), se só lutassem por dinheiro. Acabariam sempre por mudar de lado. Os grandes heróis, os salvadores da pátria (sim, esse também) nunca agem por dinheiro...

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